Manaus – Em mais uma fase da Operação Sangria, a Polícia Federal com participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), cumpriu no inicio da manhã desta quinta-feira (8), cinco mandados de prisão temporária e 11 de buscas e apreensão. A investigação é sobre o possível superfaturamento na compra de respiradores pulmonares durante o auge da pandemia pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES), antiga Susam.
Segundo a Policia Federal , as investigações indicam possíveis irregularidades em contrato celebrado por dispensa de licitação e em caráter emergencial pela Secretaria de Saúde do Amazonas. Os policiais estiveram em vários endereços na Zona Oeste de Manaus no inicio desta quinta-feira. Até o momento, sabe-se da prisão temporária do ex-secretário de Saúde do Amazonas ,Rodrigo Tobias, do ex-sócio da Sonoar, empresário e médico , Luiz Carlos Avelino Júnior que é marido da ex-secretária de comunicação do governo do Amazonas, Daniela Assayag; além de Ronald Santos, que ocupou cargo de gerente de compras Susam e do empresário Gutemberg Alencar que seria uma espécie de coordenador ou consultor dentro do Governo.
O vice-governador, Carlos Alberto, seria, no entanto , o alvo principal da Operação. Ele , que está sem partido, ocupou o cargo de Secretário de Estado de Saúde no inicio da pandemia. A Policia Federal esteve hoje no gabinete dele, na sede do governo amazonense além de duas salas comerciais, usadas por ele como escritório, no Aleixo, zona centro sul de Manaus, e em sua residência na Ponta Negra, zona Oeste. A ordem é apreender documentos, celulares e computadores do vice-governador.
Vale lembrar que fato que desencadeou a Operação Sangria foi a compra pela SUSAM por R$ 2,9 milhões de 28 respiradores de uma loja de “vinhos”. Equipamentos com preço muito acima do de mercado e ainda considerados inadequados pelos médicos para o tratamento dos pacientes de Codiv-19.
O Governo do Amazonas informou em nota que está contribuindo com a apuração dos fatos pela Polícia Federal e órgãos de controle e que a ação de busca e apreensão, desencadeada nesta quinta-feira (08/10), envolve, em grande parte, pessoas que já não fazem mais parte da estrutura de Governo, bem como servidores que não atuam como ordenadores de despesas ou tenham poder de decisão na estrutura do Estado ou da investigação em questão.