Foram presos ontem mais dois integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), que participavam do Tribunal do Crime da facção. A ação foi feita pelos Policiais Civis do 1º Distrito Policial de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
Foi descoberto um terreno de 46 mil metros quadrados em uma região de mata fechada, onde uma das vítimas, a escrivã de polícia Liliane Julia do Nascimento, foi encontrada. O local foi usado para desovar corpos de pessoas julgadas pela facção.
O mandado de prisão foi cumprido pelos policiais baseados na quebra de sigilo telefônico de aparelhos apreendidos com Mauro dos Santos Oliveira, também conhecido como “Rincon”, suspeito de ser o executor da escrivã. Ele foi preso no último dia 3.
As equipes conseguiram localizar Paulo Liodorio de Aguiar, conhecido como “Véio”, de 42 anos, na Favela do Chiclete, em Carapicuíba. Ele confessou ser o autor da abertura das covas onde as vítimas estavam enterradas. Na residência do suspeito, 18 munições de pistola calibre nove milímetros foram encontradas pelos policiais.
Ainda em diligências na Vila Dirce, os policiais conseguiram localizar Francisco de Oliveira Silva, de 46 anos, conhecido como “Xico”. Segundo a polícia, ele cuidava das armas dos integrantes da facção. Foram encontrados um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 28, um simulacro de pistola semiautomática, além de 60 munições, na casa do acusado.
De acordo com as investigações, as armas foram utilizadas em diversos homicídios e pertenciam a Renan Peixoto de Araújo Inforzato Fanale, conhecido como “O irmão da morte”, preso no dia 16 em Praia Grande, litoral de São Paulo.
Além das armas, os policiais encontraram imagens chocantes das vítimas, já dentro das covas, no cemitério clandestino no Parque Primavera.
Fonte: R7