Moradores do Município de Barreirinha (a 331 quilômetros de Manaus) estão se sentindo prejudicados com o estado considerado preocupante na área da várzea do município em grande parte da cidade devido a cheia.

Em fotos divulgadas nas redes sociais a situação é considerada alarmante e estudantes estão ameaçados de terem as aulas suspensas devido a água tomar conta de grande parte de uma escola local.

Moradora a três anos em Barreirinha, Dayana Ramos, 26, foi surpreendida com o alagamento na cidade. “Eu sou comerciante e estou preocupada com o que pode vir acontecer, próximo ao meu comércio a água começa a tomar conta o que pode não só prejudicar as vendas como também o estrago de produtos”, disse apreensiva.

A cidade de Barreirinha foi construída em uma área de várzea e em toda a cheia do Rio as casas ficam debaixo d”água. No dia 27 do mês passado a Defesa Civil do município decretou situação de emergência.

Adriana Pontes,35, prejudicada durante a última enchente na cidade, teve que se mudar antes mesmo do início da cheia. “Construí minha casa mais alta e me mudei para um local mais seguro porque na última vez me vi impossibilitada de ir trabalhar por conta da água que invadiu inclusive a minha casa”. disse a moradora.

Decreto

O decreto anunciado no fim do mês passado pela prefeitura local descreve a situação das inundações que tomaram conta da cidade.

Assegurado pela Defesa Civil, e com os transbordamentos dos rios mais de dez bairros foram afetados.

Escola pode pública poderá encerrar as atividades

Devido as cheias a Escola Estadual Senador João Bosco está ameaçada de paralisar as suas atividades.

De acordo com o gestor do educandário Enildo Beltrão, a escola já está alagada devido as águas invadirem o acesso ao centro de ensino.

Dayane Ramos, 26, também está preocupada com a paralisação da escola. “Temo pela minha filha, pois já houve greve dos professores esse ano e agora a escola está alagada, o cheiro também que vem da fossa está entrando para as sala de aula”, disse a mãe da aluna de 9 anos.

Outra questão é a evasão escolar que também é uma situação enfrentada devido enchente que atinge vários bairros da cidade dificultando a ida dos alunos para a escola.

O gestor disse ainda que vai monitorar nesse fim de semana o avanço das águas, e que se continuarem a subir as aulas poderão ser paralisadas.

Além dos 750 alunos do ensino fundamental da escola, estudam ainda no recinto cerca de 200 alunos do CETAM.

Trabalhos da Prefeitura

Segundo a Prefeitura, até o dia 04 de junho, mais 200 metros de passarelas foram construídas em ruas afetadas pela subida dos rios. A perspectiva é de construir mais de 700 metros de passarelas.

Com o avanço das águas sobre um dos trechos da Rua Bh1 Nilo Pereira, o serviço teve de ser feito para garantir o ir e vir dos pedestres que passam diariamente pelo trecho.

Com informações repassadas pela equipe da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), as equipes de trabalho atuam em parte da Rodovia Bh1 Nilo Pereira, rua Maximiliano da Trindade no bairro São Benedito, São Judas Tadeu e rua Raimundo Beltrão no bairro Ladislau Lucas.

De acordo com a Defesa Civil Local, o monitoramento da cheia dos rios está sendo feito e o nível das águas em Barreirinha continua subind. Apesar disso, a Prefeitura está com o fornecimento de madeira normalizado para evitar maiores transtornos aos moradores dessas áreas de risco.

Manaus entra em situação de emergência

Na Capital Amazonense, foi decretada situação de emergência em Manaus por conta da subida de nível do Rio Negro. A publicação foi feita no Diário Oficial do Município (DOM) na edição de quarta-feira (5). Na quinta-feira o nível do rio atingiu 29,17 metros.

A Prefeitura de Manaus anunciou que vai promover ações de combate aos danos causados pela enchente dos rios Negro e Amazonas – pelo prazo de 180 dias.

*Redação e colaboração de Jair Carneiro