Prefeitura intensifica ações de prevenção e controle da hanseníase durante o ‘Janeiro Roxo’

Campanha contra Hanseníase. Foto: Reprodução internet.
Compartilhe

A cerimônia de abertura do “Janeiro Roxo”, campanha promovida anualmente pela Prefeitura de Manaus para a intensificação das ações de prevenção e controle da hanseníase, foi realizada na manhã desta quarta-feira (11/01), no auditório da Universidade Paulista (Unip), bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul.

A programação foi organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e reuniu trabalhadores e gestores da rede municipal de saúde, além de representantes de instituições parceiras no combate à doença, incluindo a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, Fundação Alfredo da Matta, Conselho Municipal de Saúde (CMS/Manaus), Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas por Hanseníase (Morhan), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos.

O subsecretário de Gestão da Saúde da Semsa, Djalma Coelho, explicou que a cerimônia de abertura da campanha representou um momento simbólico da programação do “Janeiro Roxo”, que vem sendo desenvolvida pelas unidades de saúde durante o mês, com a intensificação das atividades educativas e da oferta de exames para a detecção de casos da doença de forma precoce.

“Esse é um momento para reunir profissionais e gestores da saúde, as instituições e organizações sociais que trabalham em parceria com a Semsa, para apresentar os resultados das estratégias utilizadas no controle da hanseníase, trocar experiências, multiplicar conhecimento e sensibilizar sobre a importância de que se avance no objetivo de eliminação da hanseníase”, afirmou Djalma Coelho.

Em 2022, o município de Manaus registrou 111 casos novos de hanseníase, apresentando uma taxa de detecção de 4,92/100.000 habitantes, com sete casos novos em menores de 15 anos.

Segundo o diretor-presidente da Fundação Alfredo da Matta, médico dermatologista Carlos Alberto Chirano Rodrigues, o estado do Amazonas já chegou a registrar 44 casos de hanseníase por 100.000 habitantes, mas hoje registra 7,8/100.000 habitantes.

Carlos Chirano destacou que, historicamente, o Amazonas apresenta uma grande evolução e hoje há um maior controle em relação à doença, com a Fundação Alfredo da Matta, que é uma unidade de referência, tendo participação enorme nesse processo.

”O importante é o diagnóstico dos casos. É uma doença infecciosa, contagiosa, e, quanto mais breve é feito o diagnóstico, mais a gente interrompe a cadeia de propagação da doença, o paciente terá menos sequelas, deformidades ou mutilações, e é possível controlar a hanseníase, que hoje tem tratamento curativo. Em seis meses a um ano, o paciente estará curado”, afirmou Chirano.

Apresentação

Durante a abertura do “Janeiro Roxo”, coordenado pelo Núcleo de Controle da Hanseníase (NUHAN/Semsa), houve a apresentação do cenário epidemiológico da hanseníase no município de Manaus e das ações exitosas implementadas para a prevenção e controle da doença.

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase, enfermeira Ingrid Santos, informou que, dentre as ações exitosas, a busca ativa de casos com a aplicação do Questionário de Suspeição em Hanseníase (QSH) a partir de visitas em domicílio é um dos destaques do trabalho realizado pela Semsa com o objetivo de detectar, tratar e curar, evitando sequelas irreversíveis para o paciente.

“Além das ações do ‘Janeiro Roxo’, a Semsa trabalha o ano todo, mantendo as unidades de saúde com as portas abertas para receber a população e realizando a busca ativa de casos suspeitos em domicílio. E essa busca ativa é feita porque a hanseníase, no início, não incomoda e as pessoas deixam passar as manchas, já que não coçam e não ardem”, afirmou Ingrid Santos.

Em 2022, as equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) aplicaram Questionários de Suspeição em Hanseníase (QSH) à população selecionada em áreas de 12 bairros de Manaus, identificando 17 casos novos de hanseníase, sendo dois em menores de 15 anos.

A enfermeira informou, ainda, que atualmente Manaus apresenta uma taxa de cura de 95% e uma taxa de 4% no abandono de tratamento, superando os resultados preconizados pelo Ministério da Saúde.

“Esse é um bom resultado e mostra que estamos alcançando a cura e diminuindo o abandono do tratamento com o trabalho realizado no monitoramento do paciente. Os profissionais de saúde mantêm o contato por telefone quando é necessário e avaliam a vulnerabilidade social do paciente. Se o paciente fica, por algum motivo, incapacitado de locomoção até a unidade de saúde, a Semsa envia o médico até a residência para que não perca o tratamento. Como forma de valorizar esse trabalho, a programação da cerimônia de hoje também faz homenagem aos profissionais, unidades de saúde e Distritos de Saúde que se destacaram nas ações”, informou Ingrid.

Doença

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente. Por isso, os contatos dos pacientes, familiares e sociais, devem ser acompanhados nos serviços de saúde por um período de cinco anos para que, se houver a transmissão, a doença possa ser diagnosticada precocemente.

Apesar da alta capacidade de transmissão, poucas pessoas adoecem, já que a maioria da população possui defesa natural contra o bacilo. Os sintomas surgem na pele e nos nervos. Os sintomas neurológicos incluem: formigamento, dormência, sensação de agulhada ou alfinetada, queimação ou sensação de brasa, sensação de um frio doloroso e sensação de choque elétrico. Na pele surgem manchas claras, ou avermelhadas ou acobreadas com alteração de sensibilidade, perda ou diminuição do suor, e perda de pelo.

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais