Prejuízos do aquecimento global já são sentidos na Europa, Ásia e Estados Unidos

Mulheres caminham ao lado de um termômetro marcando 47 graus Celsius durante a primeira onda de calor do ano em Sevilha, Espanha. Foto: REUTERS/Marcelo del Pozo/File Photo
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A semana que marcou o início de verão no Hemisfério Norte (e os últimos dias de junho de modo geral) veio com temperaturas escaldantes para diversos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Nos Estados Unidos, uma onda de calor elevou os termômetros em diversas cidades do país. Na última quinta-feira (23/06), segundo a agência de notícias Associated Press, pelo menos 15 estados americanos marcaram temperaturas acima de 37,8 graus Celsius.

Além disso, desde o último dia 15 de junho, pelo menos 113 estações meteorológicas automatizadas espalhadas pelo país registraram temperaturas recordes. De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia, mais de 30 milhões de americanos ficaram sob algum tipo de alerta de calor nos últimos dias.

No começo do mês, em várias áreas do interior da Califórnia, as temperaturas passaram dos 40°C, com um recorde de 50ºC no chamado Vale da Morte, área de deserto no leste do estado.

“Durante o verão, é muito difícil encontrar um lugar à noite que seja fresco o suficiente para dormir sem a polícia correndo atrás de você”, disse à AP Chris Medlock, um morador em situação de rua de Phoenix, cidade americana do estado do Arizona.

O calor excessivo causa mais mortes relacionadas ao clima nos Estados Unidos do que furacões, inundações e tornados juntos. Em todo o país, as ondas de calor contribuem para cerca de 1.500 mortes anualmente, e alguns especialistas estimam que cerca de metade dessas fatalidades ocorrem justamente com pessoas em situação de rua.

Cientistas também afirmam que esse “quentura” precoce tem todas as características das mudanças climáticas. E não é só nos Estados Unidos.

Bombeiros controlam um incêndio florestal em Rheinsberg, na Alemanha (23/06/2022). Foto: Christian Guttmann/dpa via AP

Na província de Henan, ao norte da China, na sexta-feira (24/06), a cidade de Xuchang atingiu mais de 42 graus Celsius enquanto sua vizinha Dengfeng pontuou cerca de 41ºC, um marco histórico de acordo com o climatologista Maximiliano Herrera.

Já no Japão, na sexta-feira, Tokamachi e Tsunan também bateram recordes de calor, enquanto várias cidades do país asiático quebraram marcas mensais, disse ele.

“É fácil olhar para esses números e esquecer a imensa miséria que representam. As pessoas que não podem pagar por ar condicionado e aquelas que trabalham ao ar livre têm apenas uma opção, sofrer”, disse o cientista climático e professor de ciências atmosféricas, Andrew Dessler.

Na cidade russa de Norilsk, que fica acima do círculo ártico, os termômetros marcaram 32ºC na quinta-feira, o dia mais quente de junho já registrado, de acordo com Herrera. Já Saragt, no Turcomenistão, pontuou 45,9ºC, mas Herrera disse que nos próximos dias pode ficar ainda mais quente por lá.

Uma onda de calor na Europa também causou problemas como incêndios florestais na Alemanha e na Espanha (veja fotos abaixo).

À Associated Press, o professor de meteorologia da Northern Illinois University, Victor Gensini, disse que o que está acontecendo com essa onda de calor inicial é “muito consistente com o que esperávamos em um mundo em constante aquecimento”.

“Essas temperaturas estão ocorrendo com apenas 2 graus Fahrenheit (1,1 graus Celsius) de aquecimento global e estamos a caminho de 4 graus Fahrenheit (2,2 graus Celsius) a mais de aquecimento ao longo deste século”, disse Dessler. “De fato, eu não consigo imaginar o quão ruim isso será.”

Termômetro mostra temperatura de mais de 100 graus Fahrenheit (37ºC) antes de um jogo de beisebol em Atlanta, Geórgia, EUA (23/06/22). Foto: Curtis Compton/Atlanta Journal-Constitution via AP

*G1

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