Produção de bicicletas no PIM registra queda de 81,4% em abril

Foto: Divulgação/Houston
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As fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 10.071 bicicletas em abril. Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o volume é 81,4% menor do que o de março do presente ano (54.115 unidades) e 86,7% inferior ao registrado em abril de 2019 (75.680 unidades).

Ainda de acordo com a associação, esse foi o pior resultado de produção para abril registrado desde 2011 (53.850 unidades). No acumulado dos quatro primeiros meses de 2020, a produção totalizou 180.994 unidades, significando uma retração de 30,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (259.422 unidades).

“Registramos em abril um dos piores meses para o segmento no ano, com cerca de 75% das fábricas de bicicletas instaladas no PIM tendo suas operações paralisadas, diante da necessidade de preservação da saúde de seus colaboradores”, afirma Cyro Gazola, vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo.

Ele acrescenta “que devido ao cenário atual iremos, em breve, revisar nossas projeções para 2020”. Gazola destaca que a Abraciclo está buscando formas de minimizar as dificuldades de caixa das associadas e de seus parceiros no varejo, que também foram fortemente impactados pela paralisação das atividades: “Estamos apresentando pleitos junto ao governo federal sobre as necessidades operacionais das fabricantes de bicicletas, e com os governos estaduais e municipais solicitamos permissão para a abertura de bike shops e bicicletarias, desde que atendam aos protocolos recomendados pelas autoridades de saúde”.

O pedido para reabertura desses estabelecimentos está baseado no fato de que a bicicleta representa uma boa opção de mobilidade urbana em tempos de pandemia. “Muitos países, como a França e o Reino Unido, estão estimulando a população a pedalar para reduzir a disseminação da Covid-19, pois esta forma de mobilidade ajuda a evitar as aglomerações típicas dos transportes públicos”, explica o vice-presidente do segmento de bicicletas.

Ainda segundo Gazola, no início de maio somente 25% das fábricas de bicicletas instaladas no PIM estavam com a produção paralisada. Entre as fábricas em operação, foi adotada uma série de medidas preventivas para os funcionários, tais como uso termômetros digitais para a medição de temperatura antes da entrada, mudança no layoutda linha de produção para assegurar o distanciamento necessário entre os trabalhadores, fornecimento de máscaras de proteção, ampla distribuição de álcool em gel 70% e alterações no sistema de ônibus fretado com a circulação de mais unidades e a maior separação dos passageiros entre as poltronas, entre outras.

Resultados por categoria

A categoria Bicicleta Elétrica foi a que registrou menor queda no volume de produção. Em abril, foram fabricadas 251 unidades, representando uma retração de 27,7% ante as 347 unidades registradas em março do presente ano. Na comparação com abril do ano passado (67 unidades), houve um salto de 274,6%.

A Mountain Bike (MTB) manteve o posto de categoria mais produzida, com 7.112 unidades em abril, significando uma queda de 78% em relação a março (32.277 unidades) e de 83,2% na comparação com abril do ano passado (42.344 unidades).

Na soma dos primeiros quatro meses do ano, a MTB liderou o ranking das categorias mais produzidas com 108.114 unidades, o que corresponde a 59,7% de participação. Na sequência, vieram Urbana/Lazer (52.595 unidades e 29,1%), Infantojuvenil (14.726 unidades e 8,1%), Estrada (3.542 unidades e 2%) e Elétrica (2.017 unidades e 1,1%).

Distribuição por região

O maior volume de bicicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus foi destinado à Região Sudeste. Foram enviadas 3.987 unidades, correspondendo a um recuo de 87,9% na comparação com março do presente ano (32.992 unidades) e de 90,6% em relação a abril do ano passado (42.522 unidades).

Em segundo lugar, ficou a Região Nordeste, com 2.740 bicicletas, volume 60,8% menor que as 6.988 unidades registradas em março. Em relação a abril do ano passado, houve uma redução de 65,9% (8.043 unidades).

Com 2.389 bicicletas recebidas, a Região Sul veio na sequência do ranking. Na comparação com março deste ano (8.286 unidades), houve uma retração de 71,2%, e em relação a abril do ano passado (10.493 unidades), o resultado ficou 77,2% menor.

Na Região Centro-Oeste, o recuo foi de 79,7%, passando de 3.684 bicicletas recebidas em março para 749 unidades em abril. Na comparação com abril do ano passado (4.533 unidades) a queda foi de 83,5%.

A Região Norte ficou com 206 bicicletas, volume 90,5% inferior na comparação com março (2.165 unidades) e 98% menor ante as 10.069 unidades registradas em abril de 2019.

No ranking do primeiro quadrimestre, a Região Sudeste ficou em primeiro lugar, com 96.955 unidades e 53,6% do volume total distribuído. Em seguida, ficaram a Sul (31.260 unidades e 17,3%), Nordeste (28.899 unidades e 16%), Centro-Oeste (13.781 unidades e 7,6%) e Norte (10.099 unidades e 5,6%).

Importação e exportação

De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior ‘Comex Stat’ analisados pela Abraciclo, em abril foram importadas 732 bicicletas em todo o território nacional. Na comparação com março, houve uma queda de 91,4% (8.495 unidades). Em relação ao mesmo mês do ano passado (3.892 unidades), o recuo chegou a 81,2%.

As bicicletas importadas em abril vieram principalmente da China (78,1%, com 572 unidades), seguida por Taiwan (14,5% e 106 unidades) e Vietnã (6,7% e 49 unidades).

A importação de bicicletas somou 22.045 unidades no primeiro quadrimestre, correspondendo a uma alta de 22,2% na comparação com o mesmo período de 2019 (18.040 unidades). A maioria delas veio da China (18.645 unidades e 84,6% do total importado), seguida por Taiwan (1.560 unidades e 7,1%) e Camboja (1.021 unidades e 4,6%).

Também a partir de dados do portal ‘Comex Stat’ analisados pela Abraciclo, as exportações de bicicletas brasileiras em abril somaram 15 unidades, todas destinadas à Coreia do Sul. Esse volume representa uma queda de 98% ante as 749 unidades registradas em março do presente ano e de 99,6% na comparação com abril do ano passado (3.982 unidades).

No acumulado do ano os embarques somaram 1.977 unidades, significando uma queda de 63% na comparação com o mesmo período de 2019 (5.344 unidades). Os três principais destinos foram Paraguai, com 1.142 unidades e 57,8% do volume exportado, Bolívia, com 505 unidades e 25,5%, e Uruguai, com 150 unidades e 7,6% de participação.

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