Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) iniciaram um projeto para acompanhar o estado de saúde de duas espécies aquáticas da região e conservá-las.
Intitulada “Estratégias para o monitoramento da saúde de mamíferos aquáticos da Amazônia”, a pesquisa estuda o peixe-boi e o boto vermelho, que estão ameaçadas de extinção e busca implementar protocolos de acompanhamento.
A coordenadora do projeto e doutora em Reprodução Animal, Daniela Mello, comentou as dificuldades e reforçou a importância da iniciativa:
“A avaliação da saúde de golfinhos de vida livre ocorre em poucos locais do mundo devido às dificuldades logísticas e o alto custo para tais operações”, disse. “Os golfinhos são considerados sentinelas do meio ambiente e a sua saúde pode estar alterada em ambientes impactados pelo homem”, comentou.
Segundo a coordenadora, esse tipo de estudo é feito há 20 anos.
Resultados
O estudo possibilitou a análise completa dos parâmetros de saúde físico e fisiológicos dos animais como coleta de sangue, urina, fezes, verificação de peso e checagem de doenças.
Segundo a coordenadora, o diagnóstico das condições de saúde dos animais permitiu ainda conhecer as principais patologias que precisam ser combatidas e tratadas para promover o equilíbrio ecológico, já que os animais precisam resistir aos efeitos e não se comportar como vetores de doenças.
Os pesquisadores também investigaram a saúde dos filhotes de peixes-bois, com o uso de testes rápidos para detecção de processos inflamatórios nestes mamíferos. O recurso é mais um elemento para verificação junto ao exame de sangue.
Os animais em cativeiro analisados são da reserva do INPA em Manacapuru e em vida livre na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá.