Manter a floresta em pé no Pará gera renda para os proprietários de terra e produtores rurais. No estado, a climate tech brCarbon quer aumentar o impacto climático promovido pela implementação de projetos de carbono, trazendo benefícios para as comunidades e para a biodiversidade. Os proprietários de terras que decidem aderir à iniciativa, abrindo mão do direito de desmatar legalmente suas áreas florestais, podem acessar recursos financeiros do mercado voluntário de carbono, tornando-se parceiros da brCarbon. Clientes de Rondon do Pará, Ipixuna do Pará, Tomé-Açu, Paragominas e Dom Eliseu já implementaram a parceria em dez imóveis rurais e deram início ao projeto de conservação, manutenção e recuperação da floresta amazônica há 90 dias.
O agropecuarista Adão Ribeiro Soares já teve madeireira e hoje planta milho e soja nas seis propriedades que ficam em Rondon do Pará e Ipixuna do Pará. Boa parte da floresta que existe nos mais de 30 mil hectares está no projeto de manejo florestal sustentável e, por isso, conta que ficou interessado quando conheceu a proposta da brCarbon e soube da possibilidade de receber recursos financeiros para manter e conservar a floresta, com transparência e conhecimento técnico da empresa. “Nossa expectativa é chegar a um aumento de 50% no faturamento só por manter a floresta em pé, o que já venho fazendo há anos sem ganhar nada”, conta o Soares.
De acordo com o código florestal brasileiro, os proprietários de terras devem conservar 80% da cobertura florestal e 35% das áreas de Cerrado em propriedades localizadas na Amazônia Legal. As áreas com cobertura florestal superior a esse percentual podem ser usadas para pecuária ou projetos agrícolas, mediante autorização. A parceria garante a proteção da floresta em pé, com monitoramento florestal por imagens de satélite, inventário de biomassa florestal por drones e técnicas inovadoras de aerofotogrametria, vigilância patrimonial, monitoramento de incêndios florestais, além de realizar atividades de prevenção e combate a incêndios, proteção a espécies ameaçadas e ainda engajamento social com comunidades que vivem dentro das propriedades. Para garantir que o trabalho seja realizado, o proprietário precisa permitir que as atividades do projeto sejam implementadas em suas áreas, além de se comprometer com a conservação da floresta a longo prazo.
A brCarbon já possui o Projeto Agrupado APD da Amazônia Brasileira (GPD) onde promove a conservação florestal em propriedades privadas localizadas nos nove estados da Amazônia Legal. Mas quer ampliar sua atuação no Pará e apresentar os incentivos econômicos aos proprietários de terras para a conservação da floresta tropical e do Cerrado em propriedades privadas, gerando renda a partir da comercialização de créditos de carbono. “Estamos levando para o produtor rural e para o proprietário de terra uma oportunidade real para ele ganhar pela floresta em pé. Vamos apresentar as possibilidades dos projetos de carbono, para a valorização e conservação da floresta”, explica o diretor técnico da brCarbon, Bruno Matta. A empresa apresentará o mercado de carbono e os benefícios de manter a floresta em pé aos proprietários de terras e produtores rurais que participarem da ExpoAMA 2022. Palestras estão programadas no estande da empresa que será a única na feira a promover soluções climáticas naturais com recursos financeiros do mercado de carbono para mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais.
A ExpoAMA 2022 – Exposição Agropecuária de Marabá acontece de 20 a 24 de julho e retorna ao Parque de Exposições da cidade após a pandemia. Esta edição terá mais de 215 estandes que vão apresentar os mais variados setores da economia sul paraense e brasileira. O evento tem como foco a difusão de tecnologias para o agronegócio, comércio, indústria, serviços e entretenimento, sendo uma oportunidade para geração de negócios, através do lançamento de produtos e serviços, exposição de animais, leilões, alternativas para a agroindústria empresarial e familiar, além da prospecção de novos clientes e parceiros. A feira também exerce forte atuação macro econômica regional, além de ser uma das maiores vitrines do agronegócio brasileiro. A expectativa é de que 450 mil pessoas passem pelo local.