Durante visita ao estado do Amazonas, a ministra do MCTI, Luciana Santos, e o ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly, anunciaram que os britânicos pretendem investir 2 milhões de libras na Amazônia. O anúncio foi feito na terça-feira (23/05).
O investimento inglês irá para o programa de pesquisa ‘AmazonFACE’ que contará também com R$ 32 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) que integra o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Governo Federal.
“Nos honra muito ter a presença do ministro da relações exteriores, o chanceler do Reino Unido, que vem agregar com uma contribuição científica e financeira a essa experiência singular”, afirmou a ministra, junto da autoridade britânica.
“O estudo para nós terá uma contribuição inimaginável no que diz respeito às medidas que precisam ser tomadas contra impactos do aquecimento global”, disse ainda.
O programa tem como objetivo entender como a floresta amazônica se comportará, no futuro, com o aumento de emissões de gás carbônico. Com o valor anunciado na terça, o Reino Unido soma 7,3 milhões de libras (R$45 milhões) de apoio ao AmazonFACE desde 2021.
“Uma das perguntas mais importantes é como a floresta vai reagir a essa mudança de temperatura em um mundo com mais dióxido de carbono na atmosfera”, afirmou um dos coordenadores do programa, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Carlos Alberto Quesada.
Além dele, o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri / Unicamp), David Lapola, também está a frente do AmazonFACE, que teve início em 2014.
“A gente quer saber se esse excesso de estímulo vai favorecer a vidas das plantas e com isso, elas podem ficar mais resistentes ou não para essa mudança que vem vindo pela frente”, explicou ainda.