A 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) começou na última segunda (04/04) e reúne a sociedade como um todo para discutirem os impactos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário sobre as vidas e territórios dos povos indígenas.
Reunidos na capital federal Brasília, os manifestantes elaboraram uma carta de repúdio ao PL 191/2020, chamado de PL do Vale Tudo em Terras Indígenas.
A intenção da carta é somar 1 milhão de assinaturas de pessoas físicas, parlamentares, personalidades, instituições, organizações e movimentos sociais do Brasil e do exterior:
“Trago comigo hoje pessoas que têm feito um papel fundamental na defesa dos direitos dos povos indígenas no Congresso Nacional. Somos poucos, mas somos fortes porque nos unimos em torno de uma causa que é suprapartidária e que a gente tem levado, não somente ao Brasil, mas para o mundo”, ressaltou a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR).
O PL abre possibilidade para exploração legal de recursos naturais em terras indígenas, como o potássio, e com o início da guerra na Ucrânia ainda em fevereiro, as expectativas do Governo Federal era que houvesse um desabastecimento de fertilizantes. E então, a justificativa estaria “pronta”:
“Esse projeto de mineração e garimpo estraga a terra, contamina o rio, o peixe que comemos. Nós vivemos de caça e de peixe. O mercúrio que o garimpeiro joga na água contamina os peixes. É muito perigoso esse PL 191 que querem aprovar dentro da nossa terra e é muito ruim para o futuro do nosso povo. Como nossos netos vão viver?”, destacou Megaron Txucarramãe, liderança Kayapó.
Fonte: WWF-Brasil.*