O câncer colorretal, mais popular como câncer de intestino, abrange tumores que acometem o intestino grosso, o cólon e o reto. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são cerca de 40 mil novos casos ao ano de câncer colorretal no Brasil, na grande maioria dos casos tratáveis e curáveis, quando detectados precocemente.
A principal forma de diagnosticar precocemente e prevenir o câncer colorretal infelizmente ainda não faz parte da rotina da maioria das pessoas. Com o diagnóstico tardio da doença, diminuem as chances de cura. Por isso, deve ser feito o exame o mais cedo possível.
A colonoscopia é um exame que deve ser realizado rotineiramente para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Nos casos em que há risco habitual para a doença, ou seja, quando não há informação de casos na família, a indicação é que o primeiro exame seja realizado aos 45 anos de idade. A partir deste, se não houver nenhuma anormalidade, o exame poderá ser repetido em até 5 anos, ou conforme a orientação do médico.
No caso de câncer colorretal em parente de até segundo grau, o primeiro exame deve ser feito aos 45 anos, ou 10 anos antes da idade que o parente tinha quando recebeu o diagnóstico da doença. A partir daí, sem anormalidades no exame, repetir a cada 5 anos.
Se houver alguma anormalidade no exame, em geral um adenoma, que é uma pequena lesão na superfície do cólon ou do reto, que pode evoluir para um câncer, o exame deve ser repetido com mais frequência. O médico que acompanha o paciente determinará esta frequência com base no histórico familiar e em outras informações do paciente.
A colonoscopia é fundamental, mas existe um risco inerente ao procedimento. Por isso, não se deve fazer mais exames do que o necessário e sempre seguir corretamente as instruções do preparo antes da realização do exame.
Estas medidas são importantes para reduzir os riscos e oferecer mais segurança ao exame.
“As pessoas já estão acostumadas a realizar consultas e exames com foco na prevenção do câncer de próstata, câncer de mama e outras doenças graves, mas pouco se fala sobre o câncer colorretal”, alerta o Dr. Arnaldo Urbano, destacando que este é o terceiro câncer mais incidente, tanto em homens como em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de próstata, nos homens, e de mama, nas mulheres.
A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer colorretal é a colonoscopia. Isso porque o exame é capaz de detectar a doença antes mesmo de seu início. O exame pode detectar um pólipo, que somente depois de alguns anos, se não removido, poderá se transformar em câncer. Pode, também, detectar a doença em estágio inicial, quando ainda não oferece nenhum sintoma.
Mesmo em estágio mais avançado, os sintomas podem ser bastante inespecíficos, dificultando o diagnóstico. Mudança do hábito intestinal, que passa a apresentar constipação ou diarreia, presença de sangue nas fezes, fezes mais escurecidas ou a sensação de querer evacuar, mas não conseguir são alguns deles.
Outro sintoma que deve servir de alerta é a presença de massa abdominal palpável, dores abdominais constantes, anemia sem diagnóstico ou perda de peso não intencional, principalmente em pacientes acima de 45 anos.