Um professor de um curso pré-vestibular e um sargento da Polícia Militar foram presos na manhã desta segunda-feira (22) suspeitos de abusarem sexualmente de três irmãs. De acordo com a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), os suspeitos davam dinheiro e comida à família da vítimas para se aproximarem das crianças.
O sargento foi preso na casa onde morava, no bairro Rendenção, na Zona Centro-Oeste de Manaus. Já o professor, João Batista Gomes, de 66 anos, foi preso na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no bairro Japiim II, na Zona Sul da capital.
Ambos foram alvo da Operação Kori que cumpriu também dois mandados de busca e apreensão de computadores e outros objetos dos suspeitos.
Segundo a delegada titular da Depca, Joyce Coelho, A familia que mora proximo a 26ª Companhia Interativa Comunitária recebia comida e dinheiro de um sargento da unidadee da mesma forma do professor, que começou a abusar das adolescentes. A irmã mais velha, agora com 19 anos, ainda afirmou que os crimes tiveram início há cinco anos.
“As meninas relataram que moravam perto do local onde o PM trabalhava e que iam buscar comida, doadas pelo policial militar, quando ele se aproximou da família e começaram os abusos. Os infratores não se conhecem. É uma investigação que está em andamento. Tomamos conhecimento de um caso típico de exploração sexual comercial, onde pessoas se aproveitam da vulnerabilidade social dessas meninas para praticar os abusos em troca de comida, de peças de roupas”, destacou a autoridade policial.
Procedimentos
Antônio Joselito e João Batista serão indiciados por estupro de vulnerável, satisfação de lascívia e favorecimento da prostituição. Ao término das oitivas no prédio da Depca, o sargento da PMAM será levado para o Batalhão de Guarda da PMAM. Já o professor de Língua Portuguesa será conduzido ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).
“Kori”
A operação recebeu este nome em alusão à Deusa Kori, considerada a protetora das crianças no Candomblé.
A operação recebeu este nome em alusão à Deusa Kori, considerada a protetora das crianças no Candomblé.