O secretário de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), Anoar Samad, afirmou, nesta quinta-feira (28/07), que a taxa de transmissibilidade da varíola dos macacos (monkeypox) é considerada baixa, principamente se comparada ao Covid-19, devido a necessidade de contato íntimo. A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa realizada um dia após a confirmação do primeiro caso da doença no estado.
De acordo com o titular da SES-AM, a agressividade e transmissibilidade do vírus são baixas, necessitando de um contato sexual íntimo com infectado. Com o período de encubação de 5 a 21 dias, a monkeypox pode ser transmitida por contato físico com as gotículas das feridas como a salíva e secreções de trato respiratório e suor.
Samad destacou que, apesar de não haver ainda um protocolo do Ministério da Saúde a ser seguido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 98% dos casos em “homens que fazem sexo com homens” com o pedido de diminuição de número de parceiros sexuais. No entanto, os dados devem ser vistos com cautela.
“Temos que tomar cuidado para não estigmatizar, assim como na década de 80 com a AIDS […]. Nós não podemos também fugir dos dados e esse surto está se comportando dessa maneira”, declarou ele.
No Amazonas, o primeiro caso trata-se de um homem com idade entre 20 e 30 anos, residente em Manaus. que esteve em Portugal, e no dia 7 de julho apresentou sintomas como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza e falta de energia, dor muscular e, posteriormente, erupção cutânea sugestivas de monkeypox.
A amostra do paciente foi submetida a exames realizados pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que recebeu o material encaminhado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM).
Por protocolo nacional, uma segunda amostra foi encaminhada ao Lacen da Fundação Ezequiel Dias (Lacen/Funed), em Minas Gerais, e a FVS-RCP aguarda resultado do exame desta segunda amostra.