Isolamento social e internet: Jovens relatam o que fazem para lidar com a ansiedade

Foto: Reprodução/Internet
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No próximo março de 2021, vamos completar um ano desde que foi decretado oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a pandemia mundial. E o transtorno de ansiedade tem sido uma grande preocupação desde o início da quarentena, tanto para os psicólogos como para os jovens que enfrentam este tipo de transtorno.

Desde que o isolamento social foi implantado como medida preventiva para conter o avanço do novo coronavírus, muitos tiveram que adaptar-se a novos comportamentos e rotinas. Diante de tantas mudanças, especialistas consideram ‘normal’ que o nosso corpo e nossa mente sintam algum impacto.

De acordo com dados divulgados da Organização Mundial da Saúde (OMS) ano passado, o Brasil teve o maior número de pessoas ansiosas no mundo. Totalizando cerca de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) que convivem com o transtorno e um grande aumento dele veio com a pandemia.

Para a psicóloga Dilza Santos, os jovens brasileiros não são os únicos que sofrem as consequências do isolamento social.  Ela explica que todos os jovens ao redor do mundo, já carregam uma carga ansiosa pela própria fase em que passam, porém, dentro deste contexto pandêmico, quem já era ansioso só acentuou os sintomas e quem não era e tinha uma predisposição para o transtorno, acabou desencadeando mais facilmente.

“O medo, a insegurança, o isolamento social e as incertezas que cercam este momento são os principais fatores que não podemos descartar como desencadeantes. Dificilmente, vamos encontrar alguém que não foi impactado com o que estamos vivendo, já que estamos em luto coletivo em todos os contextos. Todas as faixas etárias estão impactadas”, acrescentou a psicóloga.

Para lidar com a rotina de “ficar em casa”, principalmente para quem convive com jovens e adolescentes, muitos acabaram aderindo às plataformas de streamings de filmes, séries, músicas e afins como Netflix, Spotify, Apple Music, Apple TV+, Disney+, Globoplay, Amazon Prime Video, etc.

Uma pesquisa realizada pela divisão de Mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, focando em hábitos e tendências do consumo digital, revelou que ano passado,  42,8% dos brasileiros entrevistados assistiram/ouviram a conteúdos de streaming todos os dias. enquanto outros 43,9% tiveram essa prática ao menos uma vez por semana.

Ainda na pesquisa divulgada, apenas 2,5% das pessoas declararam nunca assistir algo por este meio. O estudo foi realizado no dia 30 de junho e abrangeu os hábitos e comportamentos desses brasileiros ao longo das quatro semanas do mês.

Alguns dos jovens que desencadearam o transtorno bem antes da pandemia, como é o caso da estudante Fernanda Arguelles, 25, acabou usando essas plataformas como uma forma  de ocupação mental. No caso de Fernanda, assistir vídeos e filmes têm evitado crises ou ‘surtos’ mais graves.

“Por enfrentar este transtorno desde os 15 anos, eu faço terapia há muito tempo. E com a pandemia, as plataformas me ajudaram a manter a cabeça ocupada, seja porque achei uma nova musica ou acabado de ouvir um novo cantor, achado uma nova série, anime para maratonar ou ate mesmo um novo filme para ver. Eu consigo não pensar no que está acontecendo e no que venha a acontecer futuramente”, relatou a estudante.

Em outubro do ano passado, o Itaú Cultural e o Datafolha, também divulgaram um estudo sobre consumo de cultura virtual na pandemia.

Segundo essa análise, além do consumo de internet ter se intensificado na quarentena, a música ocupou o topo  do ranking de consumo, com 84%, seguido por filmes e séries das plataformas de streaming com 73%.

Já no caso do estudante de jornalismo, Jhualisson Veiga, 20, é um pouco diferente ao de Fernanda. O jovem relata que muitas vezes, nessa pandemia, teve crises de insônia porém, as plataformas de streaming também o ajudaram a estabilizar a mente para poder conseguir ter um sono tranquilo.

“Eu sempre tive problemas em relação à minha saúde mental, fui diagnosticado com ansiedade e insônia, então muitas das vezes eu passo a madrugada assistindo filmes e séries, com o objetivo de acalmar e estabilizar a minha mente, para poder conseguir dormir. É a minha zona de conforto, e o que me traz para a realidade”, relatou o estudante.

A  psicóloga Dilza Santos explica que apesar do método ser “agradável”, se o quadro de transtorno for confirmado, o mais prudente é procurar um psicólogo e avaliar a necessidade de fazer a terapia como forma de prevenção para casos mais graves e até mesmo o uso de medicamentos. A psicóloga ainda dá dicas para ajudar jovens e adolescentes neste processo.

“É claro que essas plataformas auxiliam. Pois ajudam a lidar melhor com essa ansiedade, muda o foco, mas recomendo alguns passos para ajudar nesse processo:

– Evitar o excesso de informação, é o essencial. (Inclusive as negativas);

– Fazer programas que elevem seu astral;

– Evitar focar em pensamentos negativos;

– Ouvir música;

– Meditar sempre que puder;

– Ler, de preferência, livros;

A psicóloga termina as recomendações , com sugestões simples mas que muitas vezes esquecemos no dia a dia.  “Sorria, seja leve, pratique a gratidão e acredite que isso irá passar”, completou.

 

 

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