Saúde municipal promove ‘Dia S’ de Mobilização contra o sarampo e intensifica busca ativa de casos suspeitos

Como estratégia para reforçar a vigilância de casos suspeitos de sarampo, a Semsa também mantém um trabalho de educação permanente para orientar os profissionais de saúde a manter o alerta na identificação de casos suspeitos. Foto: REprodução
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Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde para municípios e estados brasileiros, a  Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou, nesta quinta-feira, 14/3, o “Dia S” de Mobilização contra o sarampo, com a intensificação da busca ativa de casos suspeitos, não investigados, e que não foram inseridos no sistema integrado de Vigilância em Saúde.

 

A chefe do Núcleo de Controle de Doenças de Notificação Compulsória e Agravos Imunopreveníveis (Nuncai), enfermeira Sulamita Maria da Silva, explicou que a estratégia foi executada a partir de três ações: reforço da busca ativa de casos suspeitos da doença nas Unidades de Saúde, identificando pessoas com sintomas do sarampo, garantindo a notificação em tempo oportuno no sistema de informação; busca retrospectiva de casos suspeitos nos prontuários clínicos e fichas de atendimento em serviços de saúde; e mobilização da vigilância laboratorial para resgatar amostras de casos suspeitos que possam ter sido notificados como dengue ou outra arbovirose, mas que não tiveram confirmação para essas doenças, realizando o exame para sarampo e rubéola.

 

“A intenção do Ministério da Saúde é garantir que os todos os casos suspeitos de sarampo foram notificados e ter certeza que as notificações de casos nos sistemas de informação refletem a situação atual do cenário epidemiológico no Brasil. Com a intensificação da busca ativa, poderemos ter mais certeza que não há casos de sarampo que não foram identificados pela Vigilância Epidemiológica”, esclareceu Sulamita.

 

Segundo informações do Nuncai, os últimos casos de sarampo em Manaus foram registrados nos anos de 2018 (7.145 casos), 2019 (quatro casos) e 2020 (cinco casos), mas o trabalho de vigilância ainda notificou 109 casos suspeitos entre os anos de 2021 e 2023, realizando a investigação necessária para descartar ou confirmar a doença.

 

“O trabalho da vigilância epidemiológica é permanente, mesmo quando não há surtos de determinada doença. É esse trabalho que permite que as doenças sejam identificadas e que os serviços de saúde possam agir para bloquear a transmissão entre a população. Mas a melhor forma de prevenção do sarampo é a vacinação”, destacou Sulamita.

 

Certificação

 

A diretora de Vigilância Ambiental, Epidemiológica, Zoonoses e Saúde do Trabalhador (Dvae), Marinélia Ferreira, lembra que no ano de 2016 o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) a certificação de “País Livre do Sarampo”, que foi perdida em 2019 após um ano de franca circulação da doença no país.

 

“Mas no ano passado, com as ações de prevenção e controle executadas por municípios e estados, o país obteve a elevação do status de ‘País Endêmico’ para ‘País Pendente de Reverificação’. A estratégia de busca ativa do Dia S faz parte do esforço dos serviços de saúde brasileiros para que o país recupere a certificação de país livre do sarampo”, informa Marinélia Ferreira.

 

Também segundo informações do Nuncai, em 2018, o Brasil registrou 9.325 casos de sarampo, com o número aumentando para 20.901 no ano de 2019. O número apresentou decréscimo em 2020 com 8.100 casos e em 2021 com 676 casos. Em 2022, foram registrados 41 casos nos estados do Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá. Não houve registro de casos no ano passado no país, mas, em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde informou um caso importado de sarampo em uma criança, sem histórico de vacinação, que morava no Paquistão, país que tem circulação endêmica de sarampo.

 

“Sem cobertura vacinal adequada, que deve ser de 95% para a vacina tríplice viral, que imuniza contra sarampo, rubéola e caxumba, e com grande circulação de pessoas de todos os países, o controle do sarampo é um desafio permanente. Por isso, a orientação é que pais e responsáveis procurem uma Unidade de Saúde para atualizar o cartão de vacina das crianças. Além disso, adultos sem vacinação também podem atualizar o esquema vacinal”, orienta Marinélia.

 

No ano passado, o Brasil atingiu 86,99% da meta para a Dose 1 e 63,44% para a Dose 2 da vacina tríplice viral. Já o município de Manaus apresenta 86,10% para a Dose 1 e 54,88% para a Dose 2.

 

Capacitação

 

Como estratégia para reforçar a vigilância de casos suspeitos de sarampo, a Semsa também mantém um trabalho de educação permanente para orientar os profissionais de saúde a manter o alerta na identificação de casos suspeitos.

 

Na manhã desta quinta-feira, 14/03, o Distrito de Saúde (Disa) Oeste organizou uma capacitação direcionada para médicos, enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) da Unidade de Saúde da Família (USF) Parque das Tribos, no bairro Tarumã-Açu (zona Oeste), inaugurada no mês de janeiro.

 

A gerente de Vigilância em Saúde do Disa Oeste, Rúbia Medeiros, explicou que a capacitação foi programada para marcar o Dia S e sensibilizar os profissionais sobre a prevenção e controle do sarampo, abordando o cenário epidemiológico da doença no mundo, no Brasil e em Manaus, os sinais e sintomas, o manejo clínico e a importância da notificação dos casos suspeitos.

 

“A USF Parque das Tribos foi inaugurada recentemente e alguns servidores estão ingressando na rede municipal após convocação no último concurso. Então, alguns servidores não vivenciaram o cenário do surto de sarampo em 2018 e por isso é importante reforçar a sensibilização sobre a doença. A intenção é que os profissionais fiquem em alerta e tenham um olhar voltado para a suspeita da doença no momento do atendimento clínico. Os ACSs, que realizam visitas domiciliares, também ficarão mais atentos para identificar os sintomas do sarampo entre os moradores”, afirmou Rúbia Medeiros.

 

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