Com chuvas abaixo da média, rios da Região Norte já registram níveis históricos para o período de estiagem, e a tendência é que a seca possa piorar em alguns pontos. É o que indicam dados de monitoramento hidrológico realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
O pesquisador em geociências Marcus Suassuana apresentou resultados obtidos a partir da operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) das bacias dos rios Amazonas, Branco, Madeira, Acre e Xingu, além de dados satelitais com estimativas dos níveis dos rios: Japurá, Jutaí, Purus, Juruá e partes da bacia do Rio Madeira.
Uma das piores situações é observada na estação do Rio Madeira em Porto Velho, Rondônia, que atingiu, na quarta-feira (4), o pior nível (média diária) em 55 anos de monitoramento: 122 cm. A segunda pior seca ocorreu em 2022, quando o rio chegou a 140 cm. Essa situação tem afetado a população e impactado a geração de energia nas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.
Suassuna ressalta que, diante das projeções de chuva abaixo do normal, o cenário não deve se alterar: “É preocupante porque o rio está com níveis mínimos históricos, e as perspectivas para as próximas duas semanas não são favoráveis. Assim, pode ser que o processo de vazante persista”, explicou.
Outras estações que atingiram níveis históricos em 4 de outubro foram:
• Itacoatiara (AM)/Rio Amazonas: 240 cm – 2º pior nível
• Manacapuru (AM)/Rio Solimões: 572 cm – 4º pior nível
• Almeirim (PA)/Rio Amazonas: 250 cm – 5º pior nível
• Rio Branco (AC)/Rio Acre: 164 cm em 4 de outubro – 7º pior nível
• Boa Sorte (PA)/Rio Xingu: 350 cm – 7º pior nível
• Manaus (AM)/Rio Negro: 1.490 cm – 9º pior nível
• Óbidos (PA)/Amazonas: 51 cm – 10º pior nível
As informações sobre o assunto estão concentradas em página especial criada pelo SGB. Para ter acesso, clique aqui.
