Mario Frias , da Secretaria Especial da Cultura, deve deixar o cargo até o dia 2 de abril para se lançar pré-candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro.
A escolha do sucessor de Frias, viria de fora da pasta da Cultura ou um escolhido de dentro, provavelmente pelo próprio secretário.
Larissa Peixoto, atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional , opção mais conservadora, que evita conflitos públicos e não faz comentários negativos em suas redes sociais.
O cenário mais moderado inclui o nome do monarquista Rafael Nogueira, ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional e atual secretário nacional de Economia Criativa e Diversidade Cultural. De perfil mais intelectual, Nogueira entrou há poucas semanas na Cultura e também evita se envolver em polêmicas.
De perfil mais radical, um nome possível é o do advogado e oficial militar Felipe Carmona, que está há um ano na pasta como secretário nacional de Direitos Autorais. Ele foi nomeado há pouco como “substituto eventual” de Frias numa portaria no Diário Oficial da União, e é muito próximo do atual secretário.
Outros nomes cotados para o cargo são o do adjunto de Frias, Hélio Ferraz de Oliveira, menos popular fora do governo.
Antes de sair do cargo, Frias parece decidido a fortalecer sua imagem –ele vem fazendo uma série de posts nos quais posa em fotos com Jair Bolsonaro, a quem chama de “maior exemplo” e “líder grande”.
Isso é uma tentativa de resgatar sua reputação, desgastada publicamente com o escândalo causado por sua viagem de R$ 39 mil para Nova York para encontrar o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie, com o qual supostamente está desenvolvendo um projeto audiovisual do qual pouco se sabe.