O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), divulgado pela Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), aumentou 3,8 pontos em fevereiro, para 77,9 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). O índice avançou 1,0 ponto, para 75,8 pontos em médias móveis trimestrais.
“Em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem.
Segundo a coordenadora, o destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, que estava em queda há cinco meses. “O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas”, falou.
Viviane ressalta, no entanto, que o índice ainda é muito baixo e que o consumidores têm mostrado um comportamento inconstante nos últimos meses, o que impede que se tenha certeza sobre suas ações em curto prazo.
Neste mês, a elevação do ICC foi induzida pela melhora tanto da avaliação sobre a atual circunstância quanto das expectativas para os próximos meses. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,8 pontos, para 67,9 pontos. Embora houvesse resultado positivo pelo segundo mês consecutivo, o índice permanece em patamar muito baixo em termos históricos. O IE (Índice de Expectativas) avançou 5,0 pontos, para 85,7 pontos, maior desde agosto de 2021 (90,9).
O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 2,1 ponto, para 62,1 pontos, e o que mede a percepção sobre a situação econômica atual se recuperou pelo terceiro mês consecutivo: em fevereiro 1,3 ponto, passando para 74,3 pontos. Apesar do avanço, ambos estão em patamar muito baixo.
Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses. Após cinco meses de consecutivas quedas, o indicador avançou 12,1 pontos, para 72,4 pontos, maior valor desde janeiro de 2020.
Fonte: R7