Sem capitalizar morte de líder do EI, Trump sofre para retomar apoio

REUTERS/Leah Millis/28.10.2019
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Uma semana após o anúncio feito por Donald Trump de que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, morreu durante uma operação de forças dos Estados Unidos no noroeste da Síria, já é possível afirmar: é improvável que o presidente americano tire proveito do episódio em termos de popularidade ou aprovação entre os eleitores.
Fora as críticas recebidas por revelar, em público, detalhes sensíveis sobre uma missão secreta, o presidente foi recriminado pela tentativa de “inflar” a importância de al-Baghdadi diante dos americanos, conforme explica Sidney Ferreira Leite, especialista em Relações Internacionais e coordenador da Pós-Graduação da Unisa (Universidade de Santo Amaro).
“De alguma forma, Trump buscou reeditar o anúncio feito por Barack Obama sobre a morte de Osama bin Laden. Só que a relação entre esses dois líderes islâmicos é bem desproporcional: bin Laden era o grande vilão dos americanos após os atentados do 11 de setembro. Al-Baghdadi, embora tenha chefiado um grupo terrorista muito poderoso, com grande exército e território, definitivamente não tem a mesma projeção simbólica”, diz o professor.

Entre a 2ª Guerra e a morte de al-Baghdadi

Historicamente, os presidentes dos Estados Unidos observam variações relevantes em seus índices de aprovação após eventos importantes no campo da política externa.
“Isso acontece desde a 2ª Guerra Mundial, quando a atuação das tropas americanas foi tida como um fator determinante para que Franklin Roosevelt fosse reeleito várias vezes”, aponta Leite. Roosevelt esteve à frente da Casa Branca entre 1933 e 1945.
Mais recentemente, George W. Bush praticamente garantiu seu segundo mandato depois que, com a intervenção das forças americanas em resposta ao 11 de setembro, o grupo extremista Taleban acabou fora do governo no Afeganistão.
Mas para Philip Jones, professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, a polarização que vive o país hoje não permitirá que Trump experimente apoio parecido.
“É muito mais improvável atualmente que democratas ou republicanos endossem qualquer coisa que o outro partido faça. O presidente Obama obteve uma pequena alta em seus níveis de aprovação após a captura e morte de Osama bin Laden, mas os Estados Unidos se dividiram muito desde então. Eu ficaria surpreso se os democratas demonstrassem algum apoio a Trump pela operação contra al-Baghdadi”, avalia.

O apoio dos independentes

Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1º) pela agência de notícias Associated Press em parceria com a Universidade de Chicago, 42% dos americanos disseram aprovar a maneira como Trump desempenha seu trabalho como presidente neste final do mês de outubro.
“Os índices de aprovação dele foram bastante consistentes desde o início do mandato, apesar de tudo o que aconteceu: o registro mais baixo foi de cerca de 35%, e o mais alto, de 46%. Neste momento, acho que não há muito o que ele possa fazer para mudar o apoio dos americanos em qualquer direção. A maioria dos eleitores se decidiu há muito tempo”, aponta Jones.

Trump perde apoio entre independentes

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REUTERS/Leah Millis/10.10.2019

Sidney Leite considera, contudo, que as recentes oscilações para taxas inferiores a 40% sugerem que Donald Trump vem perdendo espaço entre os eleitores indecisos ou independentes de qualquer partido.
“Ele precisa dos votos desses eleitores mais independentes e de classe média. É uma camada mais volátil da população que esteve com ele não por apreço ao Partido Republicano, mas por ser contra Hillary Clinton”.
“Acho que uma forma de conseguir esse apoio seria se mostrar menos radical, moderando o discurso especialmente em temas como imigração — que pode lhe custar votos de hispânicos em estados importantes — e o tratamento que ele dá às mulheres”, acrescenta.

O processo de impeachment

Por ora, o presidente americano e seu gabinete devem se concentrar em como o processo de impeachment — cujo prosseguimento foi formalizado pela Câmara dos Representantes na última semana — pode se refletir em tantos números.
No Twitter, a moderação continua passando longe das publicações de Trump: “É a maior caça às bruxas da história americana!”, escreveu o republicano na quinta-feira (31).
 
Fonte: R7

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