Na última segunda (07/03), a 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal acolheu a denúncia do Ministério Público (MP) contra o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo.
Dessa forma, Camargo virou réu em uma queixa-crime apresentada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) por difamação e falsa acusação de racismo e passou a ter dez dias, desde então, para se manifestar.
Contexto
A deputada entrou com o processo depois de Camargo usar as redes sociais para acusá-la de cometer racismo ao denunciá-lo por fake news.
Segundo a queixa-crime, Camargo teria reproduzido em suas redes sociais um falso diálogo entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Tabata, no contexto dos vetos do chefe de Estado ao projeto que previa entrega de absorventes a mulheres em vulnerabilidade.
Na publicação, Camargo atribui a Tábata a seguinte declaração: “Deixa eu menstruar, Bolsonaro”. A resposta do presidente seria: “E quando foi que eu proibi?”.
No processo, a deputada nega a veracidade do diálogo. Tábata entendeu que “o compartilhamento da fake news tinha, ao que tudo indica, o propósito de desmoralizar, ridicularizar e avilanar” sua honra.
Camargo ainda justificou à época, em seu Twitter, que “o meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição”.
Fonte: CartaCapital.