O novo boletim elaborado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgado nesta quinta-feira (12) confirmou mais seis casos de Doença de Chagas Aguda de Transmissão Oral, procedentes da comunidade rural do município de Barreirinha. Com isso, passa para 16 o número de casos na mesma comunidade. Com base em relatos das pessoas diagnosticadas, a principal linha de investigação de contaminação é o consumo de suco de patauá.
Um caso segue em investigação. Uma equipe composta por cinco técnicos da FVS – das áreas de vigilância ambiental, sanitária, epidemiológica, diagnóstico laboratorial, e também dois médicos infectologista da Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) – segue no município realizando as ações de contenção ao surto.
Os novos seis casos confirmados pela equipe que está em Barreirinha foram encaminhados para Manaus. Na capital, eles serão acompanhados pela equipe médica da FMT-HVD, coordenada pelo infectologista da instituição, Jorge Guerra.
A diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, explica que a equipe que está in loco está realizando o inquérito epidemiológico de 51 pessoas que foram expostas à contaminação.
“Os resultados preliminares apontam que, desse grupo, 16 foram confirmados. Outros 35 foram negativos na gota espessa (exame usado para detectar o protozoário), ainda assim o soro e amostras para o diagnóstico molecular foram enviados para o Laboratório de Saúde Pública (Lacen)”, salientou.
Rosemary disse ainda que a equipe está realizando busca ativa de casos assintomáticos e realizando exames em todas as pessoas que consumiram de patauá na região.
“A informação apontava para um único fornecedor. Com a apuração dos epidemiologistas da FVS, foram identificados dois fornecedores. Portanto, como protocolo durante o surto, a recomendação é realizar os exames em todos aqueles que tiveram histórico de consumo de patauá”, informou.
DCA
Este é o segundo surto de Doenças de Chagas Aguda no Amazonas neste ano. O primeiro foi em junho, no município de Uarini, no qual a fonte de contaminação foi por ingestão de açaí. O surto foi encerrado com 15 casos confirmados da doença, todos os pacientes foram oportunamente tratados.