O primeiro relatório econômico do Banco Mundial sobre a Amazônia brasileira que considerou a política de incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus “ineficiente”, tem sido amplamente contestado por autoridades amazonenses.
No texto do Banco Mundial, a região amazônica brasileira só cresceria com a redução dos custos com logística para o Amazonas, desmotivando o processo de incentivos fiscais promovido pelo Modelo Zona Franca. “O ganho seria muito maior do que os incentivos e os subsídios oferecidos, há muito espaço para essa transformação estrutural”, afirmou Marek Hanusch, economista líder e coordenador do estudo.
O estudo diz que Manaus vem perdendo competitividade e cada vez menos atraindo empresas para o pólo.
Para os técnicos da Suframa e os políticos locais, o estudo ignorou vários aspectos positivos do modelo. “Foram ignorados dados importantes, que são públicos. Até fevereiro, dados consolidados registram 110.250 empregos, representando um incremento de 28% e em 2022 foram aprovados 202 projetos, dos quais 90 deles de implantação”, rebateu o Superintendente da Suframa Bosco Saraiva.
Criada inicialmente para operar como Porto de Livre Comércio, a Zona Franca de Manaus mudou seu eixo e se tornou um pólo industrial que ajuda a preservar o restante do Estado. Atualmente, a ZFM abriga um parque industrial com 500 empresas instaladas e faturamento de mais de R$ 170 bilhões. Além da geração de cerca de 500 mil de empregos, entre diretos e indiretos.