A Polícia Civil do Amazonas prendeu, na segunda-feira (15/05), dois suspeitos pelos crimes de extorsão, falsa identidade e invasão .
Identificados como Douglas Gustavos Guimarães Campos, 22, e Paulo Victor de Oliveira Repolho, 24, eles extorquiam as vítimas e ameaçavam divulgar fotos íntimas em um grupo de aplicativo de mensagens, para mais de 200 mil pessoas.
Em coletiva de imprensa, o delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, informou que Douglas é administrador de dois perfis famosos em uma rede social, que juntos somam mais de 600 mil seguidores; e Paulo Victor era o dono da conta bancária onde as quantias eram depositadas.
“As investigações iniciaram após uma vítima, 22, registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Dercc. Ela contou que, inicialmente, um perfil falso entrou em contato com ela, por uma rede social, dizendo que iria publicar suas fotos íntimas caso ela não desse uma quantia em dinheiro, no entanto, ela achou que aquilo era mentira e bloqueou o perfil”, explicou o delegado.
Segundo Rondon, alguns dias depois, ela foi informada que estavam circulando fotos dela em grupo de aplicativo voltado à venda de conteúdo pornográfico; lá eles falavam que para mandar as fotos explícitas, sem emojis, os integrantes deviam transferir os valores para uma chave pix cadastrada no nome de Paulo Victor.
A equipe de investigação acredita que o Douglas, que é um criador de conteúdo digital, tenha tido acesso a essas imagens invadindo o aparelho celular das vítimas, por meio de links distribuídos pelas redes sociais, e quando elas clicavam, automaticamente ele conseguia invadir e ter acesso às imagens. Inclusive, ele se utilizava desse grande número de seguidores para ter acesso às vítimas.
“Há outras vítimas que entraram em contato com a delegacia, relatando que receberam ligações do mesmo número do Douglas e que caíram no golpe. Os golpistas cobravam valores entre R$ 50 a R$ 200, e em poucos dias conseguiram arrecadar mais de R$ 2,5 mil”, contou o delegado.
Orientação
Rondon orienta a população a desconfiar de qualquer mensagem de contatos que não façam parte da agenda telefônica, seja via aplicativos de mensagens ou redes sociais, pois os criminosos se aproveitam disso para invadir os dispositivos eletrônicos.
Caso tenha sido vítima dos golpistas, a vítima deve procurar à Dercc, localizada nas dependências da Delegacia Geral (DG), na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital.