Os ex-secretários da Sect, Ricardo Luiz Monteiro Francisco, Ismael da Costa Silva e Zayra Tays Albuquerque da Silva, tiveram as contas julgadas irregulares e foram multados por grave infração à norma legal, de acordo com irregularidades apontadas pelo relator do processo, auditor Alípio Reis Firmo Filho.
Cada gestor foi multado em R$13,6 mil, totalizando quase R$41 mil a serem devolvidos aos cofres públicos. Os gestores têm o prazo de 30 dias para realizarem os pagamentos ou recorrerem da decisão proferida pelo Pleno da Corte de Contas.
Ricardo Luiz foi secretário da Sect durante todo o decorrer de 2020, enquanto Zayra Tays ocupou a secretaria-executiva entre janeiro e agosto, e Ismael da Costa foi secretário-executivo entre setembro e dezembro do mesmo ano.
Irregularidades encontradas
Após análise dos órgãos técnicos do TCE-AM, o relator do processo apontou falta de transparência ativa a regular no site da Sect. De acordo com o processo, os gestores não disponibilizaram informações importantes, como detalhes sobre processos de regularização fundiária, contratos administrativos, informações sobre o quadro de funcionários e despesas, e informações sobre terras públicas estaduais.
Outra irregularidade apontada foi a ausência da atividade de controle interno na Secretaria, uma atividade obrigatório conforme a Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
Além das multas aplicadas aos ex-gestores, o Pleno determinou que a atual gestão da Sect mantenha transparência ativa e regular em seu site eletrônico, fornecendo informações detalhadas sobre diversos aspectos da administração pública.
Também foi estipulado que a Secretaria apresente um estudo e planejamento para priorizar e garantir a destinação adequada das glebas estaduais matriculadas, levando em consideração sua vocação socioambiental e evitando a grilagem de terras.
A sessão foi conduzida pelo presidente da Corte de Contas, conselheiro Érico Desterro. Estiveram presentes os conselheiros Yara Lins dos Santos, Mario de Mello, Josué Cláudio, Fabian Barbosa e Júlio Pinheiro, além dos auditores Mário Filho, Alípio Reis Firmo Filho, Luiz Henrique Mendes e Alber Furtado.