O terceiro e último dia da conferência TEDxAmazônia reuniu ativistas, pesquisadores e empreendedores que discutiram o futuro e a sustentabilidade na Amazônia, no sábado (4), no Armazém XV, no Porto de Manaus, Centro da capital.
O evento, que começou na quinta-feira (2), contou com a participação de 50 palestrantes e cerca de 500 pessoas. O objetivo foi discutir bioeconomia, produção sustentável, ciência e tecnologia, combate ao desmatamento, conservação da biodiversidade, entre outros.
A ativista indígena Wanda Witoto fechou o último dia de palestras, reforçando a importância da preservação dos povos originários e a reconexão com o passado ancestral. A articuladora política da Associação dos Witoto do Alto Rio Solimões e empreendedora social afirmou, também, que a conferência abre oportunidades para ampliar debates com foco na população indígena.
“Esse é o momento importante para nós, porque as nossas vozes precisam chegar a esses lugares também. E como representante dos povos indígenas, mulher Witoto que sou, trago a responsabilidade de comunicar as lutas do nosso povo e enfrentar os desafios dessa população no Amazonas”, enfatizou Wanda Witoto.
O empreendedor Francisco D’Ellia destacou, durante a palestra, o futuro a partir da perspectiva da preservação da floresta associada à tecnologia. Ele é o idealizador da startup Bioverse, que usa inteligência artificial para melhorar a produtividade da agricultura e reduzir o uso de agrotóxicos.
“Tive a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas de diversas regiões do país, principalmente da Amazônia. Líderes de comunidades, líderes extrativistas, e isso é um encontro muito próspero, porque, ao mesmo tempo que estamos focados na engenharia, na ciência da computação, estamos próximos das pessoas que realmente serão beneficiadas por essa solução”, comentou D’Ellia.
O organizador do evento, Rodrigo V Cunha, afirmou que o TEDxAmazônia atingiu o seu objetivo ao reunir importantes referências e compartilhar conhecimento.
“Esse evento foi uma oportunidade de reunir muitas pessoas de diferentes histórias, lugares e regiões da floresta amazônica, pessoas que têm diferentes perspectivas sobre como cuidar desse bioma. E o Governo do Estado proporcionou esse espaço de debate, um espaço muito diverso e rico”, disse Rodrigo.
