Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a professora Jussana Machado teve sua prisão preventiva revogada na manhã desta quarta-feira (27). Ela é acusada de ter cometido violência contra uma babá em um condomínio na capital amazonense. A decisão foi tomada após análise do pedido de habeas corpus da defesa da acusada.
De acordo com informações do Tribunal, Jussana cumprirá pena com uso de tornozeleira eletrônica.
A juíza Eulinete Tribuzy determinou a conversão da prisão em flagrante em preventiva de Jussana, alegando que a liberdade dela comprometeria a ordem pública e a efetividade da lei penal. Jussana permaneceu presa no Centro de Detenção Provisória Feminina desde então.
Entenda o caso:
Um episódio de agressão resultou em uma babá de 40 anos sendo agredida e um advogado de 35 anos baleado de raspão na perna na sexta-feira (18/08), no estacionamento de um condomínio no bairro Ponta Negra, zona Oeste da cidade.
A mulher apontada como responsável pelo disparo é Jussana Machado, esposa do mestre de jiu-jitsu sétimo Dan e investigador de Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, que também estava envolvido na briga.
Imagens de câmeras de segurança mostram Jussana empunhando uma arma e atirando em direção ao advogado. A babá alega que vem sendo alvo de xingamentos por parte de Jussana há cerca de cinco meses. Na noite do incidente, a babá estava saindo do elevador quando cruzou com o casal. Jussana teria proferido insultos e ameaças, o que desencadeou a briga.
Durante a briga, o advogado, patrão da babá, tentou intervir e Nonato partiu para cima dele tentando acerta-lo com um soco. Nonato passou a arma de fogo para Jussana. Em um dado momento o disparo é efetuado e acerta a região da panturrilha do advogado.
O caso está sendo investigado pelo 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Jussana enfrentará acusações por porte ilegal de arma de fogo restrito e passará por Audiência de Custódia. Nonato assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O casal já possui Boletins de Ocorrência (BOs) por crimes de injúria e ameaça registrados anteriormente.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM) solicitou à corregedoria da Polícia Civil o afastamento cautelar e exoneração de Nonato. A defesa do casal alega que o disparo foi acidental, apesar das evidências contrárias apresentadas pelas imagens de segurança.
