UE assentou 22 mil migrantes em 3 anos; hoje, tem 76 mil na fronteira

Grupo de migrantes se aglomera na fronteira da Turquia com a Grécia Elias Marcou/REUTERS/ 02/03/2020
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De 2016 até 2019, a União Europeia em conjunto com a Turquia conseguiram assentar mais de 22 mil refugiados sírios. O número equivale a um terço do total de migrantes que agora podem chegar à suas fronteiras, isso porque autoridades turcas afirmam que mais de 76 mil imigrantes passaram pelo país com destino à Europa.
O assentamento desses refugiados ao longo de três anos foi possível pelo acordo assinado entre a União Europeia e a Turquia para a recepção de imigrantes sírios e o auxílio de turcos na Europa. O acordo tinha como objetivo “acabar com os fluxos irregulares de migração, garantir melhores condições de acolhimento para refugiados na Turquia”. Em troca, mais turcos seriam acolhidos pela UE de forma legal

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O acordo foi revogado unilateralmente pelos turcos há dez dias, numa tentativa de pressionar a UE a apoiar as incursões do Exército Turco dentro da Síria. Com isso, só nas fronteiras da Grécia, autoridades afirmam que existem mais de 24 mil imigrantes.

Controle de fronteiras

Josep Borrell Fontelles vice-presidente da UE e representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da entidade pediu um cessar-fogo duradouro entre a Síria e a Turquia para reduzir o fluxo de imigrantes, informou o jornal grego Proto Thema. A Rússia, que apoia o governo sírio, assinou um acordo com os turcos em 5 de março, mas as hostilidades ainda não acabaram.

Imigrantes desembarcam em ilha grega

REUTERS/Alkis Konstantinidis

Após uma reunião com o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, o vice-presidente da UE afirmou que as portas da região “não estão abertas” e espera que eles não “tentem entrar na Europa”. Além disso, Borrell acrescentou que a maioria dos imigrantes que estão na fronteira não são sírios.
A chanceler alemã Angela Merkel também manifestou apoio à Grécia. A Alemanha foi um dos países que mais recebeu refugiados após o acordo com a Turquia.

Proteção Civil

De acordo com o jornal grego To Pontiki, começou a chegar a ajuda humanitária enviada por 15 países da Europa para a região da fronteira da Grécia. O auxílio faz parte do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e deve ser finalizado até o fim desta semana.
Os itens, como sacos de dormir, cobertores, geradores, tendas, louças descartáveis e artigos de saúde devem fornecer um pouco de conforto para as centenas de imigrantes que se encontram na fronteira do país. Ainda são esperadas mais de 31.000 capas de chuva, botas e aquecedores.
No final de fevereiro e início de março, foram registrados inúmeras cenas de violência entre a polícia de fronteira e os imigrantes. O número de guardas foi incrementado e até mesmo civis foram para o local para impedir a entrada de pessoas no país.
Sobre as denúncias de violência contra os imigrantes, a Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) afirma que está “ciente dos relatos de uso excessivo da força” ao longo das fronteiras entre a Grécia e a Turquia.
“Estamos pedindo calma e alívio das tensões e todos os esforços a serem feitos para evitar qualquer violência. Todos os Estados têm o direito de controlar suas fronteiras e administrar movimentos irregulares, mas, ao mesmo tempo, devem abster-se de usar força excessiva ou desproporcional”

Carta de rechaço

Policial ataca imigrante com carrinho de bebê em Mytilene, na Grécia

Costas Baltas / Reuters – 3.3.2020

Uma carta assinada por 120 entidades organizações de direitos humanos e direitos migratórios criticaram o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O documento critica a suspensão dos pedidos de asilo sem qualquer prazo para retorno do serviço. “A aplicação de tal regulamento é desumana e ilegal, pois viola o princípio fundamental de não repulsão, carrega a responsabilidade internacional de nosso país e coloca em risco a vida humana”, diz a carta.
Segundo as entidades, o direito de asilo é um direito humano fundamental consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Carta dos Direitos Fundamentais e na UE não deve ser retirado.
Na carta de rechaço, as autoridades denunciam ainda um clima suspeito “contra a solidariedade, que também é promovido por representantes do governo, promove a violência e a ilegalidade na sociedade em geral”.
 
Fonte: R7

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