Venezuelana que acusou padre de estupro é indiciada por denunciação caluniosa

O inquérito sobre o caso foi finalizado na última sexta-feira (2), no 5° DIP. Foto: Arquivo AC
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A imigrante venezuelana, identificada pelas iniciais A.H.Y, e o pai dela, Israel Álvarez de Jesus, foram indiciados pela Polícia Civil do Estado do Amazonas (PCAM) por denunciação caluniosa. A jovem, juntamente com o pai, acusou um padre de 60 anos de tê-la estuprado por três vezes. Ela veio para Manaus em busca de tratamento médico, para o câncer que enfrenta no sistema linfático, e fugindo da crise política e social de seu país.
A delegada que acompanhou o caso, Debórah Barreiros, titular do 5° Distrito Integrado de Polícia (DIP), afirmou que o inquérito foi finalizado na última sexta-feira (2). Durante as investigações, conforme a autoridade policial, não ficou comprovado que o padre cometeu os crimes de estupro. Mensagens trocadas por ele e a mulher comprovaram, conforme a investigação policial, que os dois mantinham um relacionamento amoroso.  Exames também não apontaram os abusos sexuais.
“Já finalizei o inquérito, indiciei ela (venezuelana) e o pai por denunciação caluniosa. Com o resultado de exames e a recuperação de mensagens no celular do padre, fica claro que eles tinham um relacionamento comum entre homem e mulher. Claro, que bate de frente com dogmas da igreja, mas na finalidade de estupro, o crime não existiu”, afirmou Debórah, acrescentando que o padre e a mulher chegaram a se encontrar. “Existiam encontros previamente marcados, mas eram encontros, não foi apontado nenhum indício de crime”, disse.
A delegada afirmou que a venezuelana não passou por um interrogatório, pois não atendeu o chamado em comparecer a delegacia. “Eles foram indiciados, embora eu não tenha feito interrogatório, pois eles não atenderam o nosso chamado para que algumas coisas fossem esclarecidas. O pai e a filha foram indiciados indiretamente e agora ficam a cargo da Justiça”, disse a delegada.
A titular do DIP também afirmou que soube pela imprensa que a venezuelana estava grávida. “Ficamos sabendo da gravidez pela própria imprensa. De forma oficial, eles não nos falaram nada e nenhum exame feito por nós comprovou. Depois, soubemos também que ela teve um aborto espontâneo”, completou Debórah.
Pai se posiciona
Por telefone, o pai da venezuelana Israel Álvarez de Jesus manteve a versão de crimes de estupros cometidos pelo padre. Ele também afirmou que não estava preocupado com a medida da Polícia Civil do Amazonas, mas apenas continuava pedindo Justiça.
“Podem me acusar do que quiserem, mas algo é evidente, aconteceu um abuso sexual contra uma pessoa sem capacidade e iremos até as últimas consequências. Vamos nos reunir com o advogado e pensar no que vamos fazer”, disse.
O pai também confirmou que a venezuelana perdeu a criança. “Infelizmente, perdeu o bebê e está internada no Instituto da Mulher. Minha filha foi vítima de um abuso sexual da parte desse padre. Este senhor tem que responder perante a Justiça. O que fez a Polícia Civil não tem nenhum valor”, afirmou.
Suspensão de atividades                                                        
Por conta da denúncia, o padre foi suspenso pela Arquidiocese de Manaus do uso das suas ordens no dia 7 de julho de 2019. Procurada na manhã desta terça-feira (6) pela reportagem, a assessoria de imprensa do órgão informou que o sacerdote permanece suspenso pela “conduta não apropriada”. A Arquidiocese Militar do Brasil também manteve a autoridade eclesiástica suspensa das atividades.
Casos
A imigrante de 29 anos, que foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin – câncer que se origina no sistema linfático – afirmou no Boletim de Ocorrência (B.O) que o sacerdote falava durante e após os crimes que ela seria curada da doença.
A denunciante contou também para a polícia que no momento da ejaculação na sua vagina, o padre gritava: “Deus te ama, Deus te ama!”.
 
Fonte: Portal A Crítica

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