Vítimas de violência sexual são prioritárias para vacinação contra o HPV

A vacina está disponível para pacientes portadores de PRR a partir de 2 anos. Foto: Divulgação / Semsa
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As vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos de idade, ainda não vacinadas contra o HPV, agora estão no grupo prioritário para vacinação contra o papilomavírus humano na rede de Atenção Primária à Saúde, gerenciada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Para se proteger com a vacina quadrivalente, a vítima precisar buscar o Serviço de Atendimento à Vítima de Violência Sexual (Savvis), que funciona 24 horas nos dias da semana, na Maternidade Dr. Moura Tapajóz, no bairro Compensa, na zona Oeste de Manaus.

Após atendimento no Savvis, os usuários (mulheres e homens) recebem o encaminhamento para uma das unidades da rede municipal, onde devem iniciar o esquema vacinal contra o HPV. O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, explica que para as vítimas de 9 a 14 anos de idade, o esquema é de duas doses, obedecendo ao intervalo de seis meses. As pessoas com idades de 15 a 45 anos devem ser vacinadas com três doses, seguindo um intervalo de dois meses entre elas.

“A vacina é uma proteção importante para evitar riscos futuros paras as pessoas vítimas de violência sexual. É importante destacar que o município de Manaus disponibiliza a quadrivalente em 171 salas de vacina de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e desse total, oito Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ofertam a vacina até as 20h, e ainda aos sábados, das 8h às 12h”, disse.

Djalma Coelho informou que a inclusão das pessoas vítimas de violência sexual no grupo prioritário para prevenção do HPV, partiu da Associação Pan-Americana de Infectologia (API), durante a revisão do Guia de Vacinas.

“Mas é importante reforçar que as pessoas que já têm o esquema completo do imunizante não precisam de doses suplementares. Mas quem estiver com o esquema incompleto, vai tomar as doses para completar seu esquema vacinal, para, assim, ficar protegido”, enfatiza.

O subsecretário Djalma Coelho informa que estudos realizados no Brasil entre os anos 2015 e 2020, identificaram a prevalência de 53,6% de qualquer tipo de HPV na população das capitais brasileiras, dos quais 35% são HPV de alto risco (16 e 18), que são responsáveis por cerca de 70% dos casos do câncer do colo do útero nas capitais brasileiras.

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