A mãe e o irmão de Didja foram presos na última quinta-feira (30/5),por suspeita de serem fundadores de uma seita religiosa responsável por fornecer e distribuir a cetamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa. A substância é um anestésico e analgésico de uso veterinário, geralmente utilizado em cirurgias de menor duração.
Segundo a polícia, a mãe de Didja, Cleusimar Cardoso, tinha o costume de gravar a família sob efeito da substância e também registrava os momentos em que os filhos faziam as aplicações, utilizando seringas.
Em um dos registros, Djidja está em pé, imóvel, na frente de um espelho. A mãe tenta falar com ela, que está de cabeça baixa e paralisada.
Morte de Djidja
A suspeita é que Djidja pode ter sofrido uma overdose devido ao uso indiscriminado da cetamina durante um dos rituais da seita liderada pela família. A Polícia Civil destacou que os fundadores do grupo induziam os seguidores a acreditar que, com a utilização compulsória da substância, eles iriam transcender para outra dimensão e alcançar um “plano superior e a salvação”.
As investigações sobre a morte da ex-sinhazinha estão sendo conduzidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
O grupo poderá responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, colocar em perigo a saúde ou a vida de outrem, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.