Djavan completou 75 anos, neste sábado (27/01). O cantor alagoano é um dos poucos artistas brasileiros a superar um bilhão de execuções em áudio e vídeo nas plataformas digitais.
Fruto de sucessos como a faixa “Se”, líder com 135 milhões; “Oceano”, com 96 milhões; e “Sina”, com 44 milhões. O bamba iniciou carreira na era dos compactos, bem antes de a internet reinventar a comunicação, a indústria fonográfica e o consumo.
O trabalho do artista transita com desenvoltura por diversas tendências da MPB, com destaque para a voz afinada e o violão peculiar.
Djavan mescla inúmeros estilos, entre eles o jazz, o blues, o samba e a música flamenca, com grande influência da música regional nordestina. Dentre suas canções mais conhecidas, destacam-se: “Sina”, “Flor de Lis”, “Lilás”, “Pétala”, “Se”, “Nem um dia”, “Serrado”, “Eu Te Devoro”, “Oceano”, “Açaí”, “Samurai” e “Meu bem querer”.
Sua mãe, entoava canções de Angela Maria, Dalva de Oliveira e Orlando Silva. Djavan por pouco não se tornou um jogador de futebol. Entre os 11 e 12 anos, dividia seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de Maceió e o equipamento de som quadrafônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo de escola.
Da primeira paixão, despontava como meio-campo no time juvenil do CSA (Maceió), onde poderia ter feito até carreira profissional. Aos 23 anos, chega ao Rio de Janeiro para tentar a sorte no mercado musical.
Trabalhou como crooner de boates famosas como a Number One e 706. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista e conterrâneo, conhece João Araújo, presidente da Som Livre, que o leva para a TV Globo.
Passa a cantar trilhas sonoras de novelas, para as quais grava músicas de compositores consagrados como “Alegre Menina” (Dori Caymmi, com letra de Jorge Amado), da novela Gabriela, “Qual é” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), da novela Os Ossos do Barão, e “Calmaria e Vendaval” (Toquinho e Vinícius de Moraes).
A década de 2000 foi inaugurada pelo primeiro Grammy Latino do músico, prêmio que ele voltaria a ganhar em 2011, 2015 e 2016. Sua independência musical, iniciada com Novena, viu seu ápice com a fundação, em 2004, da gravadora Luanda Records, pela qual lançou os álbuns Vaidade (2004), Na pista, etc. (2005), Matizes (2007), Ária (2010) – primeiro álbum de Djavan focado na interpretação de outros compositores –, Rua dos amores (2012), Vidas pra contar (2015), Vesúvio (2018) e D (2022).