Falta de investimento e negligência são elementos que pioram a situação em Belo Monte, aponta CGU

Barragem principal de Belo Monte em setembro de 2021; cada filete de água é uma turbina operando - Foto: Claudio Angelo/ OC
Compartilhe

O governo de Jair Bolsonaro (PL) tem lutado contra o Fundo Amazônia e barrado a participação social em colegiados como o Conselho Nacional do Meio Ambiente.

O objetivo é paralisar o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), criado em 2010 para compensar impactos causados pela usina Belo Monte, no Pará.

É o que aponta o relatório de avaliação da Controladoria-Geral da União (CGU).

Desinteresse

A auditoria conclui que deixaram de ser aplicados R$ 43,1 milhões em ações na região impactada pela construção da hidrelétrica após medidas como a extinção do comitê gestor do plano, em 2019.

“Um dos prejuízos causados pela extinção do comitê gestor à implementação do PDRSX foi a paralisação dos recursos do plano. Desde abril de 2019, quando o comitê foi extinto, nenhum edital foi lançado para selecionar novos projetos”, afirma a CGU no documento.

O mesmo decreto de abril de 2019 revogou uma série de coletivos da administração federal, entre eles o comitê gestor do Fundo Amazônia, que tem mais de R$ 3 bilhões congelados desde então.

A não utilização do recurso, além de comprometer a qualidade de vida da população que habita nos entornos, também desvaloriza o montante, que não passa por atualização monetária.

O único projeto do PDRSX criado pela atual gestão, de combate à pandemia de Covid-19 na região do Xingu, em 2020, ocorreu por ordem judicial após ação movida pelo Ministério Público contra a União, o Estado do Pará e a Norte Energia, concessionária da usina.

Transparência

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) também preocupa a CGU pela sua falta de transparência, já que não disponibilizou informações sobre o PDRSX em seu site desde que assumiu suas atribuições.

Em resposta à CGU, o MDR informou que estão em curso etapas necessárias para a efetivação do colegiado e que as recomendações feitas no relatório serão levadas ao comitê gestor e, conforme o caso, “absorvidas para a própria elaboração de seu regimento interno”.

“Registra-se, portanto, que não houve questionamentos sobre o conteúdo do relatório”, conclui a CGU.

Tragédia

Apesar disso, Belo Monte não é criação do governo liberal. Antes, os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff licenciaram a hidrelétrica, mas entrou em funcionamento somente em 2019, no regime Bolsonaro, mesmo sabendo que o rio Xingu não teria água para manter seu funcionamento.

A maior hidrelétrica do Brasil custou quase R$ 40 bilhões, arrasou a vida dos ribeirinhos e indígenas do Xingu e, como previsto em seus estudos de impacto, gera muito pouca energia. No ano passado, na estação seca, operava apenas com 4% de sua capacidade.

Fonte: ((o))eco.

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais